13 de abril de 2012

quando o Estado é paternalista, parte II

Continuando mais ou menos o assunto anterior, lembrei-me da minha questão existencialista sobre os bébes em Portugal terem obrigatoriamente número de contribuinte (NIF - número de identificação fiscal). No ano passado eu não alcancei o cerne da questão, este ano já lá cheguei.
De acordo com a seguinte notícia, cerca de 110mil dependentes desapareceram misteriosamente das declarações fiscais portuguesas!! Acho realmente extraordinária a capacidade que o português comum tem de se reinventar (para não dizer que mente à boca cheia). Depois admiro-me com o paternalismo do Estado...

"Desapareceram 111.400 dependentes das declarações de IRS desde que, há um ano, passou a ser obrigatório que as crianças tenham número de contribuinte para serem consideradas nas declarações fiscais dos pais. São números do Ministério das Finanças, avançados hoje pelo “Jornal de Negócios”. 

O “desaparecimento” ocorreu de 2009 para 2010 e parece indicar que havia famílias que declaravam filhos inexistentes, algo que não surpreende o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, José Manuel Anjos. "

2 comentários:

Marta disse...

É impressionante!

sofia costa disse...

Também havia pais divorciados ou que simplesmente não eram casados a declarar os filhos duas vezes...
Eu enquanto não estive casada com o meu marido declarei sempre a minha filha no meu irs, o zé não punha despesas nenhumas dela, como é evidente.... mas nem todos faziam assim!