30 de junho de 2014

26/52 de 2014



Ela: aproxima-se o dia do espetáculo de ballet. Maquilhou-se e foi para o palco dançar :)

Ele: o espanto ao ver tantos carrinhos com bonecos coloridos e alinhados. (um presente da infância da nossa amiga Carla que é tão lindo quanto simples e eficaz, mesmo como nós gostamos!)

(desta vez fiquei indecisa... fica mais esta dele)


27 de junho de 2014

Eu, Mãe: de vez em quando estarei por aqui


Foi lançado um novo espaço de escrita, de reflexão e divulgação de coisas que interessam a todos em geral e às mulheres-mães em particular. É com prazer que vos convido a conhecer Eu, Mãe, onde de vez em quando estarei com algumas crónicas. Um trabalho de responsabilidade editorial de Inês Simões, design e programação de Meio Kilo design studio.
Fazemos votos que gostem, que leiam e nos dêem o vosso precioso feedback!


25 de junho de 2014

Fazer a cama - finalmente eu vi a luz


Desde que me lembro, que a minha mãe nos massacra para sermos arrumados, para fazermos a cama, para organizar os livros... Também nos dizia, como a sua mãe lhe dizia que "sabes como sais de casa, mas não sabes como voltas" e isso sempre me perturbou, olhava em redor e via o caos e lá arrumava. Este ditado é tão poderoso comigo, que sempre que vamos de fim-de-semana, fico a pensar nas coisas que ficaram amontoadas, ou na cama que ficou por fazer. E se alguém tem de lá ir a casa? Que horror...

De há algum tempo para cá, tenho feito os possíveis para fazer as camas de manhã. Não é que as faça primorosamente, mas ficam como está na fotografia, minimamente esticadas e com a parte de cima com uma dobra larga de forma a que a zona das almofadas fique descoberta. Deixar assim o meu quarto é meio caminho andado para a casa me parecer "arrumada", não está, mas quase que está :)
O facto é que com a cama feita, já não me dá aquela sensação de caos, embora tudo o que gravite à volta esteja potencialmente fora do sítio; acho que fazer a cama até me tem dado maior motivação para tentar manter as coisas mais arrumadas e escondidas (vulgo, organizadas!) :D Ter duas crianças sempre atras de mim, a desarrumar aquilo que eu arrumo também não é fácil, no entanto, olhar para um quarto e ver uma montanha de tecido é meio caminho andado para me enervar com tanta confusão visual. Entrar no quarto deles e ver pelo menos a cama feita e tudo o resto espalhado faz diferença na minha vida :)

Posto isto, lá vem mais um ditadozinho "mais vale tarde do que nunca". Mãe, eu vi a luz! (finalmente)


22 de junho de 2014

25/52 de 2014




Meio do ano! Meio-do-anooo!!!

Ela: fomos almoçar a casa de uns amigos do peito e ela adorou a cadeira "bola de sabão"!!
Ele: o rapaz-bomba, ora está muito fofo como de repente dá-lhe o amoque e sai de baixo!
Eles: o rapaz-bomba foi dar um beijo à mana, é muito fofo.

"a portrait of my children, once a week, every week, in 2014"

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Fomos almoçar com os nossos amigos, ao Porto, ela adorou a casa deles, que é muito fixe, super bem localizada e pronta a receber convidados de toda a parte para visitar uma cidade cada vez mais reconhecida internacionalmente. Se estiverem numa de dar uma voltinha pelo Porto, sigam este link ;)

16 de junho de 2014

O calor do momento

Fui buscá-los à escola e vinhamos a ouvir o (triste) relato no rádio. Ao longe vi a cancela da passagem de nível baixar, fui a primeira a encostar-me.
Um calor daqueles raros aqui na terra, nós, no carro, ao sol, fim do dia, janelas abertas e começa a gritaria...

- MAMAAAAAAAA o Vasco tirou-me a coroaaaaaaaaaaa
- MAMAAAAAAAAAA (chora)

chora cada vez mais e grita
e nós ao sol
e a automotora que não chega

- Vasco dá a coroa à mana, sim!

**Puto em silêncio, não devolve o raio da bandolete**

- MAMAAAAAAAA - continua a gritar e a chorar

fecho as janelas e enterro-me no assento

- MAMAA tira as "notícias" (relato) quero ouvir música
- Mamã quero PANDAAAAAA
- O Pocoyo? (x13)   (diz o ladrão de coroas)

e o comboio não havia maneira de passar e nós a fritar ao sol.
Passou, quase bati na cancela só com a pressa de desaparecer.

Chegámos a casa, vimos os últimos momentos do 4-0, banho, gritaria, choro, ninguém quer jantar em condições. Muito calor. Maldita segunda-feira, felizmente amanhã já é terça...

24/52 de 2014



Ela: a sua primeira pinhata, gosto do ar concentrado da magricela.
Ele: carros, carros e mais carros. Tem rodas? Siga! Tem um bebé lá dentro? Melhor ainda :D

Eles: o dia em que chegámos de viagem. Finalmente ele sossegou devido à ausência da irmã. Muitos mimos e depois viram tv juntinhos.

"a portrait of my children, once a week, every week, in 2014"

15 de junho de 2014

sobre a nossa mini-viagem - III (último vá!)


No útlimo dia da nossa viagem não fizemos nada :)
Acordámos tardíssimo, já passavam das 10:30 da manhã e eu também não tive grande coragem de a levar para lado nenhum com uns ameaçadores 35º lá fora. Fomos simplesmente para o Jardim da Parada, perto de casa, andar nos baloiços e visitar as árvores míticas (quem conhece este jardim sabe do que falo...) Ela gostou imenso, claro, qualquer criança adora um bom parque infantil desde que este seja adaptado à sua idade e tenha outras crianças para a brincadeira de grupo.






Após o almoço eu relaxei um pouco nas horas e já tivemos que ir a correr apanhar o comboio, fomos de metro e tivemos apenas 10 minutos para nos instalarmos. A viagem de regresso correu bem, tirando o pormenor de uma avaria que nos deteve mais de 40 minutos, o que fez com que ela já ficasse mais irrequieta no final da viagem. Ainda assim, portou-se sempre muito bem, foi vendo a paisagem, fazia perguntas, ria-se para as outras pessoas, nada a reclamar.

Se eu tinha poucas dúvidas de que ela iria gostar, fiquei com a total certeza de que tomei a opção correcta em termos ido passear. Ela gosta muito daquilo que é mais corriqueiro, é uma criança que se contenta com pouco, não exige nada, pergunta e pede (quase) sempre pela nossa autorização e depois vemos claramente nas expressões dela que à medida que vai apreendendo aquilo que está à sua volta, começa imediatamente a fazer histórias na cabecita dela.

"Oh avó, vês a minha coroa também é antiga, tem aqui umas coisinhas partidas!" - a propósito dos achados no museu do castelo :) Para mim isto é sinónimo de Missão Cumprida.

***

O meu plano de viagem incluía mais alguns sítios, tais como os jardins de Belém (Jerónimos e Pastéis), LX Factory ou Gulbenkian, Feira do Livro, no entanto tive que cortar/adaptar e seguir um pouco com a corrente. Lisboa não foge, pois claro :)  Achei sempre fundamental que intercalasse espaços de brincadeira com locais normais.
Para nós levei apenas uma mochila pequena, com uma muda de roupa por dia, mais uma extra. Uma garrafa metálica para a água, máquina fotográfica, protector solar e chapéu. Para a próxima que andarmos de Alfa, não posso esquecer um saquinho para os vómitos que infelizmente a atacaram mesmo à chegada a Lisboa.

sobre a nossa mini-viagem - II


O nosso segundo dia começou como o final do primeiro, no Jardim da Estrela para aquecimento, pelas 9:30 da manhã!!!! Haja energia!
Apanhámos o elétrico e ali fomos nós a caminho do Castelo de S. Jorge.



No castelo foi uma alegria, sentiu-se uma princesa, andou a percorrer todas as torres super animada enquanto eu seguia atras dela a hiperventilar de nervos, não fosse a criança cair lá abaixo.

"Mamã, sou uma princesa?"


Também no castelo visitámos o único museu da nossa viagem, ela como sempre questionou porque estava tudo partido, de quem eram aquelas peças e que tinham certamente muitos anos. E eram das princesas?


Saíndo do Castelo viemos a apreciar o que nos rodeava, desde grafitis, passando pelas fachadas lindas, montras de santo antónio e lojas giras!!



Ao descermos do castelo (já depois do almoço) passámos junto à Sé e estavam a decorrer os casamentos de santo antónio OMG, parámos um bocadinho numa sombra, depois ela aconchegou-se e pumba, dormiu a missa inteira, quando acordou estavam as noivas a sair e pudemos rir um bocado com todo aquele cenário :)





Viemos a pé (com duas paragens) até aos Restauradores, onde sem sucesso esperámos pelo Elevador, mas devido ao calor optei por desistir de subir ao Principe Real e fomos de metro para casa...


À noite, fomos festejar o Santo António para o Mercado de Campo de Ourique, mais um passeio a pé, desde casa até lá (pobre criança hahaah) mas valeu a pena. Estava um fim de tarde morno, perfeito para andar na rua de cabelo molhado e depois petiscar várias coisas, entre elas moelas, saladinha de polvo, peixinhos da horta...


Os tios vieram ter connosco e pudemos dar dois dedos de conversa sobre o nosso dia, que só terminou já perto da meia-noite!





Nem o manjerico escapou à dose de tiara de brilhantes....


A nossa mini-viagem - I


Já estava prevista há algum tempo, esta viagem, ir a Lisboa. Seríamos só as duas, não poderia ser  no tempo frio para não carregar demasiado a mochila, nem deveria ser no pico do verão por causa do imenso calor. Após alguns imprevistos decidimos apontar a semana do Santo António, apanhamos imenso calor à mesma, mas deu para cumprir o objetivo da viagem: tomar o pulso da cidade.

Fomos de comboio e andámos sempre em transportes públicos, no entanto, foi a pé que percorremos as maiores distâncias. Por momentos tive receio pela saúde dela não só pelas grandes distâncias percorridas como pelo calor que sentimos, mas ela mostrou-se sempre muito empenhada, curiosa, animada e nunca contrariou os meus planos. Bebemos imensa água, vimos muita coisa, coisas banais, montras, restaurantes, lojas, falámos com quem nos cruzámos, comemos na rua, não fomos a museus e experimentámos quase todos os transportes públicos.


A nossa viagem começa logo num spot muito bom para um almoço descontraído. Fomos ao Delidelux, que eu já conhecia desde que lá fui há uns 3 anos com umas boas amigas**. Comemos uma refeição ligeira, descansámos a vista e depois seguimos de autocarro para o Terreiro do Paço. Ali entrámos esporadicamente num ponto de informações e depois seguimos pelas arcadas até ao cais das colunas.




Estava de facto bastante calor e não foi preciso muito esforço para ela se meter dentro de água e ali ficar tempos infinitos aos saltos, a fugir das ondas, a falar com estrangeiros, a dançar ao som de uma guitarra que se ouvia por ali. Ela adorou e só dizia que queria ali voltar muitas vezes.





Depois demos um saltinho ao Arco da Rua Augusta, onde lhe expliquei onde tínhamos estado e onde estaríamos no dia seguinte, o Castelo. Mais do que a vista, o que mais a impressionou foi o relógio, o mecanismo que estava dentro de uma caixa de vidro. Todas aquelas engrenagens e ruídos conquistaram-na!!




Sempre a dançar e a saltar, muito solta na cidade grande, ela e a coroa de princesa que nunca largou.


Seguimos a pé para o lanche, um delicioso Santini de chocolate, ali mesmo de frente aos Armazéns do Chiado, NHAAAAM! 


Depois chegou a hora de rumar a casa, apanhámos o elétrico e foi a loucura total. Tive que a puxar para dentro umas poucas vezes tal era a excitação de andar num veículo com as janelas totalmente abertas.





Saímos no Jardim da Estrela, o jardim onde eu e os meus irmãos brincámos tantas e tantas vezes, onde o nosso pai e o nosso avô também brincaram e onde os nossos filhos continuam a fazer as mesmas coisas. Tão bom!



Já em casa da paciente bisavó, quase sem dar beijinhos nem boa tarde, correu para o quarto e só descansou quando puxámos a cama-armário. A juntar a tantas outras coisas, esta cama é mais um elemento mítico das nossas memórias de infância, a cama onde o meu pai dormiu em criança; onde eu e a minha irmã dormimos juntas durante meses, uma virada para cima a outra virada para baixo... bons tempos...


E chegou ao fim o primeiro dia. Um dia um pouco longo, mas que compensou imenso pelas coisas que ela viu e que foram muito enriquecedoras.