26 de abril de 2015

17/52 de 2015


A nossa semana foi assim do mais banal que pode haver. Durante o fim-de-semana estivemos em família e enfiados em casa, choveu, fez vento, esteve escuro e ficámos a ver desenhos animados clássicos em casa dos avós.


Hoje, domingo, já esteve um pouco melhor, mas acabámos também por não sair e a pedido da Leonor fiz estes "cupcakes de casamento", como dizia no livro. Ela gosta sempre de me ajudar, mas na verdade, a ajuda dela resume-se a meter o dedo na taça da massa, roubar farinha e açúcar e desconcentrar-me de um modo geral.


Estes queques não têm nada de especial, apenas um pouco de sumo de limão e duas colheres de sopa de leite para dar um toque diferente. A cobertura é de uma clara de ovo batida com açúcar em pó e limão. Ficaram com um aspeto todo lóló mas a textura da cobertura não ficou perfeita porque eu não pulverizei que chegasse o açúcar. Mas garanto-vos que o pessoal aprovou ;)



Depois do lanche foi hora de uns remates. O que dizer, os rapazes e as bolas, as bolas e os rapazes. Ele corre, ele grita, ele salta, todo ele transpira.



A sweat veio da Loja Dada, foi uma das peças giras que comprei com o meu primeiro sorteio ganho, que emoção!!! Curiosamente o Vasco reage muito às roupas que veste, ao contrário da irmã, é muito opinativo. Quando viu esta sweat e as leggings que lhe calharam, ficou super entusiasmado o que para mim já é meio caminho andado quando estamos em negociações fashion-matinais.

À Loja Dada e à Miriam, o nosso muito obrigado/a***

24 de abril de 2015

Para o fim-de-semana

Kite Fight from Victory Journal on Vimeo.
After futebol, soltar pipas, is Brasil’s most popular sport. In the favelas of Rio de Janeiro, flying the pipa is more than a leisurely escape from on-the-ground realities—it’s a venue for battle, with the entire sky as the arena. Pipa designs and airborne “cutting” strategies have been passed through generations, from rooftop to rooftop. Filmmakers Guilherme Tensol and Leandro HBL spent time in Rocinha, Rio’s largest favela, among its young pipa warriors and elder statesmen, absorbing their secrets and documenting their stories.

Coisas simples, soltar a pipa. Tão bom!
Bom fim-de-semana.

23 de abril de 2015

as AECs

E hoje tive que regressar à secretaria para corrigir os impressos da matrícula da mais velha. Isto é tão "Eu"...

Achava Eu, que as AECs (aulas de enriquecimento curricular) eram umas aulitas para matar o tempo, assim uma coisa de conversa e trabalhos de casa, fazer uns jogos ou algo assim. Na verdade a Miriam já me tinha explicado, mas eu não tomei a devida atenção, isto acontece-me sistematicamente. Meto uma coisa na cabeça ("as AECs são uma tanga") e depois é só bla-bla-bla-wiskas-saquetas. Vai daí, vem a Marta e alerta-me para o facto de essas AECs poderem ser no meio dos períodos de aulas obrigatórias. OK, parou, rebobinou.

Tudo explicado e traduzido, afinal essas aulas correspondem a Ginástica, Expressão Plástica, Música, Inglês, Ciências, ou seja, aulas que eu achava que faziam parte daquilo que era normal o aluno assistir sem ter de se inscrever. Essas mesmas aulas variam em cada agrupamento escolar e são promovidas pela Câmara Municipal. Nem vou estar aqui a dissertar sobre o quão estranho isso me pareceu, apenas assumo que nem perguntei na secretaria, disse logo que não queria e pumba, toca a por a cruz no sítio devido. Felizmente pude apagar a cruz (foi tudo feito em papel, nada de modernices informáticas hein!!) e botá-la no Sim, vou lá eu privar a criança de coisas essenciais como a arte e o desporto!


Parece que não é só a criança que vai para a escola, eu pelos vistos também estou a precisar de umas lições de atualização...

22 de abril de 2015

O início de uma nova fase


Hoje fui inscrevê-la ou matriculá-la (nem sei bem) na escola primária. Aproxima-se do fim, uma era de descontração, de horários flexíveis e de brincadeira a 100%. Ainda não sabemos em que escola fica, não seremos nós a ter essa decisão, será uma secretaria geral que olha para um monte de processos e os começa a separar consoante os critérios que estão definidos. Para este primeiro ano, propus-me a acompanhá-la o máximo que puder. Vou (tentar) dispensar atividades de enriquecimento (seja lá que enriquecimento é esse), vou (tentar) dispensar Tempos Livres, vou (tentar) acompanhar o estudo dela diariamente porque (em princípio) o posso fazer. Acho importante dar este apoio pelo menos no primeiro ano, o ano de tantas mudanças, em que ela terá de fazer um ajuste enorme de postura e responsabilidade perante tudo o que vem por aí.
Gostava que ela ficasse numa escola com bons professores, boas instalações e bons colegas, que comesse bem (e depressa) ao almoço e que fizesse apenas uma atividade desportiva ou cultural durante a semana. Vamos tentar manter o fim-de-semana livre de atividades e de grandes estudos, porque efetivamente o fim-de-semana serve mesmo para isso, para por um fim na semana de trabalho.
Já imagino os recados que ela vai trazer para casa, que é uma aluada, que fala para o ar, que não se mantém sentada, que não come nada... Espero não ter que me enervar demasiado com regras que de certeza me vão parecer desnecessárias e que em nada contribuem para o sucesso escolar dos miúdos.
Mas também estou entusiasmada por ver a sua evolução, por vê-la ganhar mundo, ler os livros que lhe comprei ao longo dos anos, ler coisas que não deve, relacionar isto e aquilo, decorar a tabuada, tanta coisa!
Hoje, ao entregar aqueles papéis, senti que o meu bebé já está enorme e que me foge do colo.

18 de abril de 2015

16/52 de 2015



Em fevereiro pus um rolo na máquina e terminei-o esta semana. Eram apenas 24 fotografias mas foram precisos dois meses para que chegasse ao fim. Estas foram as últimas fotografias que tirei, eles acabadinhos de chegar da escola e a descontrair um bocado no sofá.

14 de abril de 2015

15/52 de 2015


O início da semana passada ainda estávamos em casa dos avós do Minho, segunda-feira de páscoa, estava calor, havia foguetes e o Compasso andava por aquelas bandas. No jardim há uma oliveira centenária que cada vez desperta mais o interesse de todos lá por casa. A árvore está junto a uma curva do caminho de Santiago e é com frequência que vemos os peregrinos passar e dizemos bom dia ou boa tarde conforme a hora.
Nessa mesma oliveira há agora um baloiço que é altamente disputado, mas desta vez a copa da árvore é que foi o alvo de todas as atenções. Primeiro foi o papá que subiu e depois a tia e de seguida foram todos os miúdos, um de cada vez, cada um com as suas reações. O Vasco foi logo o primeiro e adorou tudo; a irmã que antes era tão ou mais aventureira que o irmão, está cada vez mais consciente das alturas, velocidades e tudo o que possa magoar e ficou cheia de medo não descansando até descer, foi pena.




Depois de mais umas voltas no baloiço, fomos dar uma volta. O campo está lindo, florido e cheiroso e pelo caminho vimos muitas joaninhas e até lhes pegámos e brincámos um pouco. Mais uma vez, a miudagem adorou estes pequenos detalhes tão simples. Aqui a joaninha está na gola do Vasco mesmo na direção do olhar da Leonor.



Quando chegámos ao rio tivemos a sorte de ver uma truta selvagem, quase adulta, linda e cheia de pinta, literalmente ;)

12 de abril de 2015

O beliche - finalmente!

Hoje, quando fui à reciclagem ocorreu-me se realmente as camas não se conseguiriam sobrepor. Cheguei a casa e propus que fizéssemos um teste para ver se não daria para forçar a zona empenada e empilhar as camas. E assim foi, ele ajustou os encaixes às furações, forçámos as cabeceiras e não é que as camas sempre se montaram!!! As crianças quando viram ficaram OHHHHHH e já não saíram do quarto enquanto não as deixássemos subir. 


No momento em que tirei estas fotografias ainda faltavam encaixar a trave-barreira da cama de cima e a escada, mas nada disso impediu que eles subissem e descessem do beliche em menos de nada. Estavam eufóricos, meteram-se dentro dos lençóis, vestiram os pijamas e só perguntavam quando é que jantávamos para depois irem para a caminha...


Tal como já disse há uns tempos, estas camas são da Olaio, foram compradas em 1990 e foram usadas por mim e pela minha irmã até há uns três anos atrás sempre que íamos a casa dos meus pais. Sempre existiu a possibilidade das camas serem montadas em beliche, porém, o kit nunca foi comprado porque nunca foi necessário, mas feliz ou infelizmente eu fiz questão de meter essa ideia na cabeça e não descansei enquanto não vi isto feito. Calhou o marido da minha irmã e a irmã dele terem camas iguais a estas com o tal kit, mas algumas diferenças incompatibilizaram a montagem. Embora não conseguíssemos fazer o beliche, pudemos falar com o nosso carpinteiro de confiança e ele fez este milagre de construir todas as peças fazendo meia dúzia de rabiscos e apontamentos. Confesso que no dia em que o recebemos em nossa casa para lhe explicarmos o que queríamos fazer, que me pareceu que ele não percebeu nada de nada, mas passadas algumas semanas, fomos buscar todas as peças e as mesmas serviram na perfeição na cama da Leonor - quem sabe, sabe, já diz o ditado.


O quarto ganhou toda uma nova dinâmica, tem duas zonas distintas, uma de dormir e organizar mais exígua, e outra para brincar e ler mais ampla. Fica prometido que depois fotografo o conjunto que agora vai mais ao encontro daquilo que eu considero que fica bem nesta fase da infância deles.


Em termos práticos também ainda não posso avaliar se o beliche é prático ou não, refiro-me à manutenção da roupa de cama e das "urgências" noturnas, mas tudo tem o seu tempo de adaptação. Este é um beliche baixo, tem uma altura de 1.50m o que faz com que a cama de baixo tenha pouco espaço para eles se sentarem, quanto mais porem-se de pé, mas o objetivo de uma cama é ter o seu utilizador na horizontal, portanto terão/teremos de ter cuidado com a cabeça, é o que é. Eu que tenho 1.60m consigo com pouca dificuldade chegar aos extremos da cama superior, a qual tem apenas 90cm de largura.


11 de abril de 2015

da vontade de expressão


Há dias em que eu estou numa de "Não quero saber"; o normal é eles vestirem o que eu destino e pouca conversa que se faz tarde, mas uma e outra vez cedo aos pedidos dela por vestidos, pelos colares, pelos tutus, asas de fadas e até nos livros e brinquedos que querem MESMO-LEVAR-PARA-A-ESCOLA!

(E eu penso, mas que caraças eu quando era pequena também quis ir um dia para a escola, de saia escocesa e camisa escocesa tudo ao mesmo tempo e achei que estava para lá de espetacular.  A minha mãe resistiu até onde pôde, mas acabou por ceder e assim que cheguei à escola recebi um comentário da minha professora que me fez nunca mais contrariar a minha mãe.)

Adiante.
Esta semana, o nosso mais novo lembrou-se dos óculos de natação e quis à viva força que os pusesse. Ainda tentei demovê-lo, mas ele estava certo que aquilo é que era, e mesmo perante a nossa risota, as fotografias e os elásticos a cair, ele entrou triunfante na sala dele onde os coleguinhas literalmente pararam de fazer o que estavam a fazer para olhar bem para o novo look do Vasco. Ele estava felicíssimo, orgulhoso dos seus óculos, vendo um mundo mais cor-de-rosa do que qualquer um de nós e eu pensei "Por que não?". Eles são crianças durante tão pouco tempo, passa tudo tão depressa, qual é o problema em usar óculos de natação ou ir vestida de princesa a meio do ano (coisa que ela já fez umas poucas vezes na escola...), usar um vestido com estrelas sobre umas leggings com estrelas, porque não?
É certo que na rua toda a gente olha e ri, mas é um riso de graça e não de gozo, aos miúdos isso é completamente irrelevante e isso também está bem para mim.

6 de abril de 2015

14/52 de 2015


Esta semana teve o seu ponto alto com a caça ao ovo, mas para não estar a repetir um momento, escolhi outro que também foi muito marcante. Já andava há algum tempo a pensar no que fazer à parede junto das camas deles e por um feliz acaso encontrei umas setas de vinil muito fininhas mesmo a pedir que as colasse nessa parede. Os miúdos deliraram imenso com isto, a embalagem trazia duas folhas com 20 setas cada uma e deixámo-los aplicá-las a seu belo prazer (com uma orientação mínima). O efeito pareceu-me muito bem e quase todos os dias há novas histórias à volta das setas, que são da Merida, que são do dia dos namorados, que são de guerreiros, que podíamos fazer letras com as setas e por aí fora.



inspirado na Jodi

4 de abril de 2015

Caça ao ovo!!


Este ano meti na cabeça que havia de fazer uma caça ao ovo. Nada de grandes produções, mas tinha de o fazer só para ver como seria a reação deles.
Quando nós éramos pequenos e morávamos na Áustria, a nossa mãe teve a oportunidade de se dedicar exclusivamente à família e à medida de ia percebendo os costumes daquele país, por vezes aplicava algumas coisas lá em casa. Uma das tradições mais giras, era a caça ao ovo da Páscoa! Recordo-me de um ano estarmos a passear num parque e estarem lá muitas famílias com zonas demarcadas para a caça ao ovo, uma coisa muito Pro! Vai daí a minha mãe empenhou-se, passou uma noite a pintar ovos, escondeu-nos em nossa casa e na manhã seguinte fomos os três à procura deles. É daquelas coisas que não se esquecem e é daquelas coisas que eu faço mesmo questão de passar aos meus filhos. Eu tive a sorte de ter uma infância muito boa e é isso que também lhes quero proporcionar, com muita simplicidade mas com grande efeito.


Comprei ovos de codorniz, porque não encontrei ovos brancos nem queria que eles comessem tanta quantidade de proteína. Durante o serão, cozi os ovinhos (3 minutos após ferver) e depois em taças individuais tingi água quente com algumas gostas de corante alimentar e vinagre branco. O tempo que os ovos estão na solução depende do grau de cor que pretendemos dar; quanto mais tempo estiverem, mais tingidos ficam. Há também técnicas mais elaboradas com casca de cebola e couve roxa, mas fica para o ano... contudo, basta uma ligeira pesquisa na net e encontram tudo. Fiquei bastante satisfeita com os efeitos negro-colorido dos meus ovos!


Sempre que tenho alguma comemoração cá em casa, faço questão de pôr a mesa a preceito, mesmo que seja apenas para nós. Fui buscar uma toalha bordada com motivos florais que já é de família e que ficou perfeita. Uma travessa oferecida pelos nossos melhores amigos, uma andorinha Bordalo que todos sabemos o que significa e que também nos foi oferecida por uma querida amiga, amêndoas de chocolate e açúcar, um bolo de limão, panquecas, fruta, pão fresco compuseram uma boa mesa de pequeno almoço. Assim que os miúdos chegaram à sala adoraram a mesa e pensavam que a surpresa era "só" aquilo.


Mas depois ela descobriu um ovo junto à máquina do café, logo de seguida mais um dentro da casinha de cartão e depois foram dar com os outros por toda a sala. Ainda pensei por alguns na varanda mas o sol estava forte e a coisa não ía dar certo.


Cada um teve direito a um cesto, o dela veio da escola, o dele foi improvisado dos brinquedos de casa. Digo-vos, foi MUITO BOM!!! Eles adoraram a experiência, cada ovo, mais gargalhadas, depois uns presentinhos banalíssimos que eles amaram (um bloquinho de cheiro e um carrinho, imaginem!). Durante uns minutos foi uma correria nesta casa, uma animação. Claro que ela tinha a cesta dela bem mais cheia do que ele, mas no fim, partilharam os ovinhos.



"Está ali mais um!!" - gritava ele.


A fazer a contabilidade.


Muito fofos, com todo o cuidado para não esmagar as cascas delicadas dos ovos cozidos.



Para além dos ovos de codorniz juntei também uns ovos dourados!! Foi assim UAU!



O que eu não contava é que os ovos de codorniz foram muito difíceis de descascar o que os desmotivou um bocado a comê-los. O primeiro ovo dele foi inteiro, com casca e tudo, para a boca. Mal vi aquilo lá fui eu resgatar aquele monte de cascas coloridas partidas e clara e gema, mas ele não pareceu muito incomodado.


Vale muito a pena investir algum do nosso tempo a preparar estas coisas. As crianças gostam muito e, falo por mim, acho muito bom ver as reações de felicidade pura que eles transmitem. No fim, são as memórias que eles vão colecionando e que se tudo correr bem havemos de repetir mais vezes.

A quem não está cá connosco, uma boa Páscoa!

2 de abril de 2015

13/52 de 2015


A semana passada foi uma atribulação, não houve tempo para nada, algumas entregas simultâneas mais um mercadito durante o fim-de-semana foram o suficiente para não me deixar muito tempo para fotografias. Ainda assim, tivemos um ou outro momento assinalável e que por sorte tive a oportunidade de registar.
Ela escreveu a sua primeira carta. Uma experiência muito gira que fizemos com a Catarina, uma simples troca de cromos, que os colegas de sala ou vizinhos fazem cara-a-cara, aqui fizemos via correio. Apurámos o que faltava deste lado e do outro, empenhámo-nos em desenhos e depois no envio e recepção da nova carta. Uma coisa tão simples e que as crianças perceberam tão bem!
Ele sempre que pode esgueira-se para a cama dela. Ela nem sempre gosta mas na semana passada a coisa correu bem para o lado dele...
O fim-de-semana foi sempre a bulir, foi tempo de apresentar as nossas novas espadas, as quais esgotaram e que agradaram a meninos e meninas, pais e avós. Houve também lugar a presentinhos para eles e desta vez, também para nós que bem merecemos ;) Um jantar dos manos foi também um fantástico momento que por ser tão raro de acontecer, valeu uma selfie totó!