30 de setembro de 2015

Ninguém pode sonhar por ti


Completam hoje 5 anos que a minha vida mudou radicalmente.

Embora tenha saudades de algumas coisas, nada me faz arrepender da nossa decisão.
Há 5 anos tirei esta fotografia em Sintra, logo após o dia em que me despedi. Ter passado por este muro em Sintra fez-me perceber que efetivamente os dados estavam lançados.
Têm sido 5 anos muito bons, com altos e baixos, mas muito bons e assim esperemos que continuem.

A quem nos ajudou e ajuda, o nosso maior obrigado.

25 de setembro de 2015

Sobrevivemos à primeira semana de aulas!!!

Esta semana foi um pouco caótica.
Sabíamos que já podíamos (devíamos) estar numa rotina de horários mais convencionais há mais tempo e agora estamos a "pagá-las". Aos miúdos tem sido um pouco difícil arrancá-los da cama antes das oito da manhã, temos de insistir para tudo, levantar, comer, vestir, sair TUDOOOO. Para além de repetirmos as instruções várias vezes, ainda temos de lidar com birras monstras da criança mais nova, que anda com um déficit de sono que dá dó. A falta da sesta tem sido um verdadeiro problema e confesso que a paciência tem-se esgotado com alguma rapidez por estas bandas. Há choro de manhã porque não dormiu bem de noite à conta de tosses e ranhos. Há choro ao fim do dia porque já andou com a neura todo o dia e com a falta de descanso acumulado o ambiente cá em casa é assim a modos que tenso... julgo que qualquer dia tenho cá os vizinhos à porta a saber o que andamos a fazer ao rapaz porque "o menino só chora".

Ela, muito a medo, a apalpar terreno, tem ficado cada vez melhor na escola, começou muito tímida e agora já tem pelo menos quatro meninas com quem costuma partilhar os intervalos. Ainda assim por vezes diz que brinca apenas com uma menina, que é ela própria... Come muito pouco, o lanche que lhe mando e que é sempre fruta, vem quase todo de volta, na cantina é tudo um mistério mas achamos que qualquer coisa ela há-de comer. Embora nos preocupe muito esta questão dela comer pessimamente, não vamos dramatizar, nem forçar, nem policiar; teremos sempre de lhe fazer ver que o pior será sempre para ela e que terá de assumir as consequências de não comer. Acho que com o tempo a coisa vai melhorar.

Soubemos que os miúdos serão alfabetizados de acordo com o Método das 28 Palavras, coisa que eu desconhecia por completo mas após uma breve abordagem da professora e em conversa com amigas minhas (também elas professoras primárias), pareceu-me bem e acredito que seja adequado às crianças de hoje em dia, muitas já praticamente a saber ler vindas do jardim de infância. Trabalhos de casa ainda não tivemos, apenas um desenho para contornar durante o fim-de-semana, pareceu-me excelente!

E é isto, vamos melhorar a questão dos horários que é sem dúvida a chave de todo o problema. Deitar o mais cedo possível para provocar um acordar espontâneo que seja igualmente cedo. Depois é conseguir coordenar os horários de aulas e atividades, trabalho e jardim de infância, creio que esta trapalhada está resolvida e a nossa rotina fica espetacular!

24 de setembro de 2015

De pantufas na escola. Quê?


Hoje, estou no Eu, Mãe a mandar bitaites sobre se poderíamos ou não adoptar o hábito dos sapatos suplentes nos Jardins de Infância (e quiçá nas escolas primárias!). Quero saber a vossa opinião!

- Sim!
- Não...
- NS/NR
- outros___________________


22 de setembro de 2015

ele e a escola nova

Há quase um mês que ele frequenta a escola nova, está numa sala 3-5 como cada vez mais se vê por aí. Confesso que não é o meu estilo preferido, embora perceba a lógica de os mais pequenos evoluírem com os mais crescidos e os mais crescidos serem "tutores" dos mais novos, não vejo assim tanta necessidade desta troca de intenções nas crianças. Sou adepta do "tudo a seu tempo", onde as crianças são agrupadas com outras da mesma idade; para puxar por elas já bem basta as que têm irmãos ou primos mais velhos, que lhes desbravam caminhos a toda a hora. Ainda assim, não poderia estar mais tranquila com esta nova fase, embora ele faça sempre a sua cena triste na hora da despedida, nós bem sabemos que aquilo passa-lhe ainda não dobrámos a esquina da rua e que o dia corre muito bem, que ele brinca e come imenso. Vemos que já se afeiçoou à educadora e à auxiliar (esta já a conhecíamos porque já esteve com ele na escola antiga, que sorte!!), já começa a falar num ou noutro miúdo da sala, conta como foi o dia e pergunta se o vamos buscar ao lanche ou depois, se vai só a mãe ou se o pai também vem, entre outras coisas curiosas. Única pena é o facto dele se recusar terminantemente a fazer a sesta, faz uma choradeira que não se aguenta e ninguém merece tal castigo. Sendo assim, dorme ao fim-de-semana e mesmo assim, só se for em casa ou no carro, pois caso contrário, nem pensar pois dormir é perder tempo!

Ambos os meus filhos mudaram de escola aos 3 anos, em ambas as situações estive bastante angustiada e pouco certa das nossas escolhas, mas o facto é que no final o saldo foi sempre positivo, o que me leva a crer que mudar de escola/ambiente nesta faixa etária até pode ser algo muito bom porque já conseguimos conversar com a criança e fazê-la perceber que vai correr tudo bem e o elo de confiança entre os pais e filhos aumenta seguramente. Claro que se tudo corre bem e as alternativas não são melhores, mais vale deixar a coisa como está...

Tal como fizemos com a irmã, aos três anos, vamos inscrevê-lo na natação. Aguardamos o parecer da escola e acreditamos que vai ser muito bom. Há umas semanas o pai foi com ele à piscina do ginásio e a experiência foi extraordinária, foi de tal forma boa que o rapaz só falava nisso e todos os dias insistia para voltarem à água para dar saltos!! Esperemos é que ao contrário da irmã, que a natação corra sempre bem e que à parte das constipações próprias e expectáveis, não tenhamos de passar por nenhum (mini)trauma relacionado com isso e que dite um fim da atividade com os colegas.

O melhor do meu dia é ir buscá-lo, especialmente se levo a mana, quando nos vê fica louco, corre na nossa direção deixa de ver, de ouvir, voa o chapéu e só nos quer abraçar. Um querido bruto.

20 de setembro de 2015

A noite em que lhe caíram os dentes da frente

Uma sexta-feira destas, foi aquela em que o Sócrates veio para casa (!), a minha mãe sugeriu que os garotos ficassem lá em casa a dormir. Eu, que estava um pouco reticente, acabei por acatar, até porque eles também insistiram e prometeram que se portavam bem... Lá vim eu para casa sozinha, bebi uma água e esperei que o pai chegasse. Quando ele chegou não viu ninguém, depois viu-me e perguntou o que se passava, que silêncio era aquele?

Nós que não temos por hábito ficar sem os miúdos achamos sempre muito estranha a sensação de estarmos de casa vazia. Há sempre por aqui tanta gritaria, correrias, ordens e contra-ordenações que nestas ocasiões ficamos assim como se tivéssemos uma bola não mão e não soubéssemos a quem passá-la. Confesso que estive mais de meia hora apenas a olhar pela janela a ver o trânsito, sem qualquer necessidade de fazer outra coisa qualquer, dar banhos, preparar sopas ou massa...

O tempo passou e ficámos sem vontade de fazer jantar, mas também não nos apeteceu saír para jantar fora, estávamos cansados e o jantei veio ter connosco e instalámo-nos a jantar na sala, no sofá, já passava bem das dez, basicamente estava ser perfeito, não fosse o telefone ter tocado uma vez.

- Olha, é só para dizer que os meninos estão a chorar porque têm saudades e tal e tal.
- Oh Leonor, quem foi que pediu para ficar aí? Para já com essa choradeira e dá o exemplo ao teu irmão.

Calaram-se e deitaram-se.

Passado um bom bocado, toca novamente o telefone.

- Olha, já estavam eles de luz apagada, quiseram dormir juntos, o Vasco deu uma cotovelada à Leonor e o dente da frente acabou por caír. O dente do lado está por um fio. Choram os dois e há sangue, não sei se isto vai correr bem.
- Oh Leonor, vá, já caiu o dente agora tens de deixar a avó tirar o outro porque está muito solto, não podes dormir assim.
- Foi o Vasco buaaaaaa O dente caíu buaaaa Não consigo... Não quero...

Passado mais um bocado liga novamente a minha mãe a dizer que a rapariga acabou por tirar o outro dente e que já dormiam os dois tranquilamente.

Enfim, uma pessoa fica sozinha quando o rei faz anos e é isto. Um desassossego, uma tragédia grega e no meio disto tudo é ver o Sócrates a chegar a casa com ar de "prisioneiro político" e depois a triste cena das pizzas e jornalistas atrasados mentais. Uma grande noite a recordar, portanto...


18 de setembro de 2015

o primeiro dia da escola primária

Começou hoje uma nova fase da vida dela, a escola primária e toda uma série de desafios pelos quais todos nós já passámos e que sabemos que nem sempre são fáceis mas não são de todo impossíveis de concretizar. Deixando de parte (mas não esquecendo) que esta não é a escola que nos facilita a vida diária, que não fomenta a independência da nossa filha fora de portas, que teremos de lidar de vez em quando com um agrupamento esquisito, não dialogante e muitas vezes dúbio, vamos entrar neste ano lectivo de cabeça.
Tenho andado enervada com este dia, aborreci todos à minha volta com a questão das colocações dos miúdos e do quão injustiçada me senti por todos os motivos que invoquei e mais alguns. Enfim, encaro isto como um choque com a realidade, faz-se o que se pode, chateia-se quem deve ser chateado e no fim ganham sempre os mesmos. Enfim, passemos em frente e trabalhemos com o que temos em mãos que isto podia ser ainda pior.

Chegou portanto o grande dia, ontem fomos conhecer a professora e os outros pais, tudo pessoas simpáticas, interessadas em ouvir a professora que nos pareceu experiente, muito prática e com muita abertura para dialogar com os pais fazendo um ou outro alerta e recomendações para o bom desempenho das crianças: Devemos alimentar bem as nossas crianças e não ter expectativas muito altas nestes primeiros tempos, que são sobretudo de ajustamento.




Hoje foi o dia dela, foi só de manhã e embora estivesse ansiosa e choramingona, quando viu uma cara conhecida na sala descontraiu e por fim até me disse que saísse porque os outros pais já estavam a ir embora. Eu estava bastante enervada, isto de levar um filho para a escola primária tem o que se lhe diga e nada tem de banal. Sim é uma nova fase e tal, mas a partir de agora acabou-se a brincadeira, a vida sem horários, a vida sem avaliações, a vida sem comparações. Quando a fomos buscar, parecia um pouco intimidada com a quantidade de pais junto ao portão, mas assim que me viu abriu um grande sorriso e toda ela era saltinhos tão característicos da sua personalidade. Disse que gostou da professora, que de facto lhe fazia lembrar a avó, que desenharam a mão, foram ao pátio e que partilhou a maçã do lanche com um menino que não tinha levado o que comer. Creio que foi um bom ponto de partida. Depois fomos almoçar ao restaurante favorito dela e passámos a tarde no escritório para começar desde já a entrar na rotina que começa para a semana.




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Tudo o que diga respeito ao ensino é algo que me cativa, tento dar o meu melhor para motivar os meus filhos e despertar a curiosidade deles. O início da escola primária será também para mim uma (re)descoberta e motivo de escrita, creio que este blog poderá também iniciar uma nova fase onde dissertarei certamente sobre este assunto que é também um mega-desafio.

13 de setembro de 2015

hoje o pai foi correr e podia ter sido um dia normal

Pois podia, mas não foi...
Sempre a correr, apressámos os miúdos logo ao acordar porque tínhamos de estar pelas 10 na partida. Já íamos a caminho e tivemos de desviar à última hora para ir buscar a tia Inês. Quando chegámos ao local da partida ainda faltava bastante tempo até à largada, mas como chovia fiquei no carro com os garotos para dar aquela forcinha a quem estava a apanhar uma molha jeitosa e nós ali no quentinho.

Os miúdos vibraram quando viram o pai equipado, de dorsal, a multidão a formar-se e depois o tiro de partida. Nesta altura, dou à chave e puff, carro sem bateria, chuva torrencial e os miúdos no banco de trás, bonito. Pelos vistos, os quatro piscas ligados durante 20 minutos não fizeram bem à bateria e nunca mais voltei a ligar a ignição. Saí do carro e fui ter com um rapaz da organização da corrida pedir auxílio, ele estava a gerir o trânsito que naquela hora já tinha sido todo escoado, só lá ficámos nós empancados. Regressei ao carro e a mais velha já choramingava, céus!!! E o carro o que tem? E isto também acontece com os outros carros, mamã? E sabes arranjar? O papá foi-se embora? E chove tanto..... Regressa o rapaz, diz que alguém da organização vem de Aveiro buscar-nos e que vamos todos para a Universidade. Saio do carro, casacos nos putos, carapuços, chapéu de chuva para a mais velha e o rapaz da organização, eu e o mais novo ao colo vamos à chuva até ao quartel dos bombeiros e o carro fica ali, inanimado num local de estacionamento proibido... Os miúdos ficaram assim um bocado atónitos com o que estava a acontecer, entretanto chegou o sr. da organização, metemo-nos todos no carro dele e seguimos para Aveiro não sem antes apanharmos imenso trânsito e ver alguns corredores que já estavam quase a chegar à cidade.

Enfim lá chegámos à Reitoria, correu tudo bem, depois de muito agradecer os senhores desapareceram no meio daquela multidão e eu levei as crianças ao WC. Quando o pai chegou lá tive de dar a última novidade, após algum convívio e descanso, os miúdos foram com os tios e primos todos ao molho e fé em Deus (um cinto para três OMG) para casa dos avós e lá ficaram a almoçar. Depois o tio regressou, levou-nos gentilmente ao nosso carro e esperou até que um bombeiro tivesse feito uma ligação direta na nossa bateria. Felizmente resolveu-se o problema e regressámos a casa para um merecido banho quente e um almoço em família.

A sério, mas porque andamos sempre a meter os miúdos nestas alhadas, coitados!! É justo dizer que não falaram noutra coisa no resto do dia, que o carro avariou, que o papá correu à chuva, que andaram no carro dos tios uns em cima dos outros. Ai senhor, valeu-nos a chuva que ao fim e ao cabo é desculpa para muita asneirada...

4 de setembro de 2015

Esse olhar que era só teu



Bom fim-de-semana

3 de setembro de 2015

Para, escuta, olha

e age.

Não vou aqui dissertar sobre o horror que tem vindo a público sobre a questão da migração, nem tão pouco sobre as consequências que isto irá ter em milhares de crianças. Pouco telejornal vejo, mas uma vez ou outra vou espreitando o que corre nas redes sociais, o que se diz em blogues e venho hoje sugerir-vos três imagens, que olhem para elas e que façam o que melhor souberem com a informação que contém.

Obrigada.








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