10 de dezembro de 2015

Encontro Imediato com o Pai Natal Sósia


No feriado ficámos por cá e ao fim da tarde, depois de muuuuuitas fichas fomos dar uma volta. À medida que os anos vão passando vou ficando cada vez mais mole face aos meus princípios super rigorosos sobre os presentes de natal, o que eu gosto e o que os faz mesmo feliz. Antes de termos filhos temos sempre muitas certezas sobre como vamos educar as nossas crianças, sabemos também muito sobre os filhos dos outros, mas quando sentimos as coisas na pele começamos a pensar duas ou três vezes sobre o mesmo assunto. Se antes eu achava abominável toda esta treta de acreditar no Pai Natal, que não devíamos incentivar esta história e tudo isso, agora já penso exactamente o contrário.

A Mãe é uma criatura que engole muito sapo.

À medida que eles crescem começam a pedir coisas mais concretas para o Natal, dizemos e reforçamos que só podem pedir mesmo UM presente, aquele mais especial e que é aquele que o Pai Natal irá trazer. Nesta fase não me importo mesmo de alimentar esta fantasia e de lhes tentar proporcionar exactamente o brinquedo que tanto desejam, não me importo porque sei que isto é coisa para durar muito pouco e eles crescem tão depressa que sinceramente me estou a borrifar se lhes vou dar uma traquitana plástica Made in China, porque na verdade, era mesmo isto que eu também queria quando tinha 6 anos. Se a minha filha é feliz a trocar os vestidos das bonecas 1500 vezes, então que receba mais um vestido para trocar às bonecas, porque hei-de eu negar uma coisa tão simples e inofensiva? Acho que não vale mesmo a pena, sobretudo porque só recebem presentes duas vezes por ano.


Na nossa voltinha passámos pelo staminé do sósia do Pai Natal. Desafiámo-los a ir ter com o senhor, que era ele quem transmitia os recados dos meninos de Aveiro e que seria a ele que lhes deviam contar o que realmente gostavam de ter. Passámos a primeira vez, eles observaram mas o medo das barbas e luvas e barrete foi grande e seguimos em frente. Fomos lanchar ao coreto mais fofinho da cidade e já estávamos quase a vir embora, já era noite, quando a Leonor perguntou se não voltávamos à tenda do Pai Natal. Claro que dissemos que não (!) que já era tarde e tudo e tudo, mas foi só para ela insistir :) Disse que não tinha medo que tinha de lhe falar sobre o tal presente que ela mais quer e assim foi. Voltámos à tenda, ela enchei-se de coragem, sentou-se no perto do Pai Natal Sósia e fez o pedido dizendo que queria "mesmo muito".

O que tem de ser tem muita força. Recebeu um chocolatinho e ficou super contente por ter superado este desafio. O irmão não foi nisso, ficou escondido atrás de mim, mas no fim, deu uma corrida rápida só para receber um chocolatinho que o Sósia insistiu em dar, mas nada de conversas ou trocas de olhares que o senhor tinha luvas, que horror!

Agora olha, está o pedido feito... tenho de me conformar :D


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